As informações abaixo foram passadas pelo jornal Folha da Manhã (atual Folha de São Paulo). Nesses textos é possível perceber de que maneira a imprensa brasileira trabalhava no que diz respeito aos assuntos relacionados à guerra, onde, de um modo geral, ela (imprensa) “contava uma história”. No caso da Folha da Manhã, ela retratara o conflito de uma forma suave, mas reforça a tese de que os jornalistas brasileiros, em sua maioria, estavam distantes do conflito.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
A Imprensa brasileira
O personagem do Conflito e o domínio da imprensa
Ao falar em Grande Guerra, seja a Primeira ou Segunda Guerra Mundial, a figura mais intrigante para muitas pessoas é a de Adolf Hitler e sua forma de dominação. Ainda hoje a pergunta que surge gira em torno de, qual era sua “receita” para dominar a sociedade alemã da época?
Alguns filósofos apelam para o carisma – que é um termo banalizado nos dias atuais – a fim de explicar o por que da adoração que os bavaros tinham por seu líder. Aqueles que se denominam mais realistas pensam diferente. Eles” acreditam que propagar a doutrina nazista tornou-se facilitada pela ajuda dos meios de comunicação da época, ou melhor, pelo controle que Hitler tinha da imprensa falada, no caso o rádio – à época um veículo novo.
"Pouco a pouco, temos ainda que educar os ouvintes alemães para a tolerância, para a aceitação de outros modos de pensar. Enquanto este trabalho não for concluído, as comissões de vigilância são imprescindíveis.", dizia, em 1930, numa rádio alemã, o Ministro do Interior. Ou sejam, os meios de comunicação foram a alternativa que o ministro da propaganda da época, Josef Goebbels encontrou para propagar as filosofias de Hitler.
No entanto, quando a Segunda Guerra começou, os alemães foram proibidos de ouvir emissoras estrangeiras – e quem não respeitasse, podia ser morto. Portanto, o personagem do conflito usufruía de seu poder para controlar os meios de comunicação: e o Führer era cada vez mais idolatrado pelos alemães dotados de uma carência extrema de um lider. Haja vista que, em maio de 1945, a emissora noticiava: "Diretamente do quartel-general do führer, está chegando a mensagem de que nosso führer Adolf Hitler tombou pela Alemanha, lutando contra o bolchevismo até o último suspiro".
Imprensa: Artilharia Impotente
Imprensa x Guerra e Censura
Trecho do texto de Ágatha Lemos para o Debate Canal da Imprensa."A imprensa, como "co-participante" da guerra, torna-se senhora e escrava, ao mesmo tempo, da mesma. Senhora porque é ela quem divulga o terror à grande massa; escrava porque, inevitavelmente, sofre censura disfarçada sob a nomenclatura de um jornalismo responsável."